terça-feira, 6 de julho de 2010

OS VERBOS VER E VIR

Há muita dificuldade no uso dos verbos “ver” e “vir”, pois há modos em que as conjugações ficam muito parecidas e, consequentemente, causam confusão.

Vejamos: o pretérito imperfeito do subjuntivo inicia-se com o uso da conjunção “se” (indicativa de hipótese) e é caracterizado pela terminação “sse”: se ele visse (ver), se ele viesse (vir).

O futuro do subjuntivo inicia-se com o uso das conjunções “quando” ou “se”, indicativas de possibilidade, e é caracterizado pelas terminações “ar”, “er”, “ir”: quando eu o vir (ver), quando eu vier (vir).

A dúvida maior surge quando o verbo “vir” está no infinitivo (vir) e o verbo “ver” está no futuro do subjuntivo (vir). Como saber qual está sendo empregado? Só através do contexto é possível. Veja:

1. Se você o vir passando aqui hoje, dê-lhe o recado. (ver)
2. Diga-lhe para vir até mim, por favor. (vir)

Outra ocasião é do verbo “vir” na primeira pessoa do plural do presente do indicativo e do verbo “ver” também na primeira pessoa do plural, mas do pretérito perfeito do indicativo. Observe:

1. Nós vimos de um lugar muito calmo. (vir)
2. Nós vimos você no shopping esta semana. (ver)

Notem que o verbo “vir” conjugado no Presente do indicativo é diferente do Pretérito perfeito do indicativo:
1. Nós vimos de um lugar muito calmo / Eu venho de um lugar muito calmo. (Presente)
2. Nós viemos para cá ontem / Eu vim para cá ontem. (Pretérito perfeito)
Uma boa dica para quando tiverem dúvidas quanto à conjugação dos verbos é usar um site de conjugações, como o http://www.conjuga-me.net/.
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/ver-ou-vir.htm

terça-feira, 29 de junho de 2010

TER HAVER OU A VER?

Isto não tem nada haver ou a ver com você?

Você já ficou com dúvidas sobre qual utilizar?

O problema tem acontecido porque “haver” e “a ver” apresentam sentido diferente, mas têm formas semelhantes e produzem o mesmo som.

Antes se dizia: Isso não tem nada que ver com você! Contudo, foi-se simplificando ainda mais com a substituição pela preposição “a”.

Por isso, quando quiser dizer que uma coisa não tem relação com outra, use “a ver”.

O verbo “haver” surge quando alguém precisa receber dinheiro de alguém ou recuperar algo que perdeu: Preciso haver meu dinheiro.

Use “ter a haver” no sentido de “ter a receber”.

Compare: Ana tem tudo a ver com as coisas que aconteceram. (As coisas que aconteceram têm relação com Ana).

Ana não tem nada a haver. (Ana não tem nada para receber de ninguém).



Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/gramatica/tem-ver-ou-tem-haver.htm

segunda-feira, 21 de junho de 2010

SEJE, MENAS E MEIA

Hoje vou falar sobre três erros básicos que às vezes são cometidos, mesmo que se tenha consciência deles... Nunca é demais lembrar!

Seja X seje / Esteja X Esteje

As conjugações seje e esteje não existem. Essa é uma confusão feita com a conjugação dos verbos ser e estar no presente do subjuntivo, que é o tempo verbal usado em frases como "ela quer que eu fale...", "não que eu não pense", "a não ser que eu ligue...". No caso dos verbos ser e estar, o correto é seja e esteja, sempre.

Ex.: É melhor que o material seja levado pela equipe.
Caso eu não esteja no escritório, ligue no meu celular.

Menos X menas

Menas também não existe. Menos é um advérbio de intensidade, portanto não concorda com o substantivo.
Ex.: Eles fizeram menos reclamações.
Há menos pessoas neste evento.

Meio X meia

Assim como o menos, o advérbio meio não tem concordância de gênero. Você não chega em casa meia cansada (isso significaria estar 50% cansada, ou só a metade da direita, por exemplo!). Você chega meio cansada. Deixe a meia para colocar no pé. Ou para quando partir algo pela metade, como meia maçã. Ou, ainda, para quando lhe perguntarem a hora, já que o correto é meio-dia e meia (meia hora), e não meio-dia e meio!
Fonte: http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/especial.asp?EditeCodigoDaPagina=2543
http://aprendendoobasico.blogspot.com/2008/06/ando-meia-estressada.html

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PEDIR PARA QUE? / A FIM OU AFIM?

PEDIR PARA QUE
Quem pede, Pede algo a alguém ou Pede que alguém faça algo.
Só se usa a preposição para quando está subentendida a palavra permissão.
Pedir (subentendido: permissão) para fazer algo.
Portanto, é inadequado ao padrão culto da língua dizer “Pedir para que alguém faça algo”.
Exemplo:
Peça que ele mande o orçamento para mim.
Peça que ela assine o contrato.
Pedirei uma ajuda a vocês, caso precise.

A FIM ou AFIM?
A fim de indica uma finalidade e equivale a “para”, “com o propósito de” e “com a intenção de”.
Exemplo:
Ela telefonou para o cliente, a fim de tirar algumas dúvidas.

A expressão também é utilizada para se dizer que alguém “está com vontade de fazer algo”, ou “interessado em alguém”:
Exemplo:
Estou a fim de ir ao cinema hoje.
Faz tempo que ele está a fim dela.

Neste caso, use a fim de, separado.

Afim, ou afins, indica afinidade, proximidade, semelhança, parentesco, amigos íntimos, adeptos.
Exemplo:
Irei convidar todos os amigos de faculdade e afins.
Comprarei livros e afins.
Os estados de Pernambuco e Paraíba são afins.
O departamento de compras e de finanças têm funções afins.

Fontes:
http://www.gramaticaonline.com.br/texto/893/Verbos_bitransitivos
http://dilsoncatarino.spaceblog.com.br/193779/Ele-pediu-para-que-voce-ouvisse-isso/
http://www.mundoeducacao.com.br/gramatica/afimou-fim-de.htm

quinta-feira, 10 de junho de 2010

ATRAVÉS OU POR MEIO DE?

Embora muitos gramáticos condenem o uso da locução “através de” com o sentido de “por meio de”, ela é cada vez mais usada nesse sentido. Tanto que já é aceitável por gramáticos.

• Acontece que a locução “através de” no seu sentido correto, equivale a: por dentro de, de um lado a outro, ao longo de, ou seja, expressa a ideia de atravessar:

- A luz entrava através de uma fresta.

- Viajou através de todo o país.

- Olhava através da janela.

• Por isso, ainda se recomenda, não usar “através de” como por meio de, por intermédio de ou, simplesmente, por. Assim, é preferível o uso de uma dessas formas:

- Recebeu a notícia por meio de (e não através de) um e-mail.

- O assunto foi resolvido por meio de decreto.

- A notícia chegou por intermédio do porta-voz.

- Os mudos se comunicam por meio de gestos.

• O melhor, entretanto, é usar simplesmente preposição “por”, que é mais econômica:

- Recebeu a notícia por um e-mail.

- Os mudos se comunicam por gestos.

- O assunto foi resolvido por decreto.



Fontes: http://recantodasletras.uol.com.br/gramatica/1487220

http://www.scribd.com/doc/6644021/Manual-de-Redacao-e-Estilo-Do-Estadao

segunda-feira, 31 de maio de 2010

CESSÃO, SEÇÃO ou SESSÃO? MAIS ou MAIORES informações?


CESSÃO, SEÇÃO ou SESSÃO?

Sessão: tem sentido de reunião ou algo que você vá fazer sentado, já que a palavra é derivada do latim “sessio” que significa “sentar-se”. Assim:

a) Vamos à sessão das nove e meia!
b) A sessão durou mais do que o previsto.
c) Aquela sessão do Windjammer durou apenas duas horas.

Cessão: tem sentido de ceder, doar, transferir algo a alguém.

a) Será necessário fazer uma cessão de direitos.
b) A herança constitui, primeiramente, no ato de cessão dos direitos aos herdeiros.
c) A cessão do capital foi autorizada pelo doador.

Seção: tem sentido de separar, repartir. Portanto, está adequada para repartições de empresas, por exemplo.

a) Qual a sua seção eleitoral?
b) Para esclarecer sua dúvida vá até a seção de atendimento, por favor.
c) Quantas seções terá esse Coral Banks?

É importante internalizar os sentidos das palavras em questão, e não apenas decorá-las. Para isso, tenha sempre em mente pelo menos um significado de cada uma: cessão/ceder, sessão/sentar, seção/divisão.

MAIS ou MAIORES informações?

Maior, nesse contexto, designa algo que supere outro em grandeza, e não é esse o caso, pois como seria fornecer uma pequena informação?

Forma correta: Se as informações que você recebeu não foram suficientes, peça mais informações, sempre.




segunda-feira, 24 de maio de 2010

“AO INVÉS DE” ou “EM VEZ DE”


O termo “invés” é substantivo e variante de “inverso” e significa “lado oposto”, “avesso". A expressão “ao invés de” indica oposição a algo e, portanto, significa “ao contrário de”.
Já a expressão “em vez de” é mais empregada com o significado de “em lugar de”. Pode, porém, significar “ao invés de”, “ao contrário de”.
Observem:
- A empresa de cobrança, ao invés de enviar o boleto, optou pelo débito em conta.
- Ao invés de ter seu nome protestado, ele teve uma nova chance.
- A menina assistiu à TV em vez de filme. (não poderá ser usado “ao invés de”, pois não há oposição de termos).

- A
professora, em vez de diminuir a nota do aluno, aumentou-a (a expressão “em vez de” poderia ser substituída por “ao invés de”, pois temos termos contrários “diminuir” e “aumentou”).

Se “em vez de” pode significar “ao invés de”, como poderemos identificar o emprego de ambas as expressões?

A expressão de “em vez de” pode ser empregada em múltiplas circunstâncias, já “ao invés de” poderá ser aplicada somente quando há termos que indicam oposição na frase, significando “ao contrário de”.



Resumindo:
“Em vez de” indica substituição, como no exemplo: “Coma verduras e legumes em vez de frituras para ter uma boa saúde”.
“Ao invés de” apresenta ideia contrária, uma oposição. Por exemplo: “Você deve falar ao invés de só escutar”
Dica: se está na dúvida, use a expressão “em vez de”, já que pode ser utilizada em qualquer situação, em qualquer sentido.

Fontes: http://www.brasilescola.com/gramatica/ao-inves-inves-ou-vez-de.htm
http://cariocanocerrado.com/2008/10/16/20-dicas-de-portugues-evite-erros-mais-comuns/

segunda-feira, 17 de maio de 2010

PLEONASMO

A edição da semana passada me fez lembrar de uma expressão muito comum: muito tempo atrás.
Mas o que há de errado nessa frase? Ela é um pleonasmo, ou seja, a repetição de uma ideia que já está contida em um termo anterior.
Segue, então, um vídeo bem engraçado justamente sobre esse assunto e, logo abaixo, as explicações.
OBSERVE AS SEGUINTES AFIRMAÇÕES:
“Eu canto um canto matinal”. (Guilherme de Almeida)
“A ameaça, o perigo, eu os apalpava quase”. (Guimarães Rosa)
Na primeira afirmação, o escritor utiliza o verbo cantar, que já traz consigo a ideia de canto (quem canta, logicamente canta um canto). Na segunda, de Guimarães Rosa, os vocábulos “ameaça” e “perigo” fazem parte de um mesmo eixo significativo: são sinônimas. Entretanto, o escritor usou as duas, a fim reforçando a ideia que queria transmitir.
Quando fazemos uso de expressões redundantes com a finalidade de reforçar uma ideia estamos utilizando a figura de linguagem chamada pleonasmo. Quando bem elaborada, além de embelezar o texto, esta figura de linguagem intensifica e destaca o sentido da expressão onde foi empregada.
“A vida, não vale a pena nem a dor de ser vivida”. (Manuel Bandeira)
Deve-se evitar, entretanto, o uso de pleonasmos viciosos. Estes não têm valor de reforçar uma noção já implicada no texto. Antes, são fruto do desconhecimento do sentido das palavras por parte do falante. O pleonasmo vicioso é muito utilizado na modalidade oral, o que acaba influenciando a modalidade escrita. Veja alguns exemplos:
“Menino, entre já para dentro”.
“Eu fui fazer um hemograma de sangue hoje de manhã”.
“Joana sofre de leucemia no sangue”.
“Eu vi com esses olhos que um dia a terra há de comer”.
“A protagonista principal do filme ‘O sorriso de Monalisa’ é Julia Roberts”.

ALGUNS OUTROS EXEMPLOS DE PLEONASMO:
Sair para fora
Subir para cima
Descer para baixo
Plebiscito popular
Ilha fluvial do Rio Guaíba
Consenso geral
Unanimidade de todos
Encarar cara a cara
Repetir de novo
Enfrentar de frente
Vereador municipal
Erário público
Decapitar a cabeça
Exultar de alegria
Prever de antemão
Habitat natural
Conviver juntos
Estrelas do céu 
Monocultura exclusiva
Planos e projetos para o futuro
Segredo secreto
Produzir bons (ou maus) produtos
Sonhar um sonho
Há cinco anos atrás
Gritar alto
Amanhecer do dia
Elo de ligação
Acabamento final
Duas metades
Metades iguais
Certeza absoluta

segunda-feira, 10 de maio de 2010

“HÁ” ou “A”?

1) Usa-se "A" quando a palavra referir-se a:

- Tempo futuro do verbo. Exemplo:

Daqui a dois anos, vamos mudar de cidade.

- Distância. Exemplo:

O bar fica a duas quadras da casa dele.

2) Usa-se "" quando:

- Tratar-se do verbo haver, no sentido de existir. Exemplo:

uma boa quadra no prédio.

- Referir-se ao passado. Exemplo:

muitos anos não nos víamos.



“A CERCA DE”, “HÁ CERCA DE” ou “ACERCA DE”?

Utilizando a mesma lógica...

A CERCA DE indica distância, como na frase “Trabalho a cerca de 10 quilômetros da minha casa”;

HÁ CERCA DE indica tempo passado estimado, como no exemplo “Te conheço há cerca de 20 anos”;

Já ACERCA DE é o mesmo que A RESPEITO DE, como no exemplo “Na reunião falamos acerca de seu desempenho”.



Fontes: http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u58.jhtm

http://cariocanocerrado.com/2008/10/16/20-dicas-de-portugues-evite-erros-mais-comuns/

segunda-feira, 3 de maio de 2010

SE NÃO OU SENÃO? BASTANTE OU BASTANTES?

Para trazer um pouco de bom humor ao nosso MUC, nada melhor do que um vídeo, né?


Seguem explicações para duas das questões levantadas no vídeo:

“SE NÃO” OU “SENÃO”?

Use “se não” (união da conjunção se + advérbio não) quando puder trocar por “caso não”, “quando não” ou quando a conjunção “se” for integrante e estiver introduzindo uma oração objetiva direta: Perguntei a ela se não queria dormir em minha casa.

Use “senão” quando puder substituir por “do contrário”, “de outro modo”, “caso contrário”, “porém”, “a não ser”, “mas sim”, “mas também”.

Veja alguns exemplos:

a) Você tem de comer toda a comida do prato, senão é desperdício. (de outro modo)
b) Se o clima estiver bom você vai, senão não vai. (do contrário)
c) Não lhe resta outra coisa senão pedir perdão. (a não ser)
d) Se não fosse o trânsito, não tinha me atrasado. (caso não)
e) Você vai sair? Se não, posso te visitar. (caso não)

BASTANTE OU BASTANTES?

Quando adjetivo, será variável e, quando advérbio, será invariável.
Ex.: Há bastantes motivos para sua ausência. (“bastantes” será adjetivo de motivos)
Os alunos falam bastante. (“bastante” será advérbio de intensidade referindo-se ao verbo)

Uma dica: substituindo o “bastante” por muito, podemos sempre ter certeza se haverá plural ou não. Vejam os exemplos:
Há muitos motivos para sua ausência.
Os alunos falam muito.

Fontes: http://www.brasilescola.com/gramatica/senao-ou-se-nao.htm
http://www.portugues.com.br/sintaxe/concornominal.asp

segunda-feira, 26 de abril de 2010

NOVA ORTOGRAFIA

Olá a todos!
O MUC desta semana é um pouco diferente.
Como o tema é a nova ortografia, não encontrei nada mais esclarecedor do que enviar o link para um guia muito bem explicado e detalhado.
Fica a dica! 

segunda-feira, 19 de abril de 2010

CONCORDÂNCIA VERBAL

Algumas situações de concordância verbal provocam dúvidas. Vejamos as principais:

# Sujeito composto:

- Sujeito antes do verbo: nesse caso o verbo vai para o plural.
Ex: A falta de dinheiro e a greve dos bancos confirmaram o caos.

- Sujeito depois do verbo: o verbo fica no plural ou concorda com o elemento que estiver mais próximo.
Ex: Passarão o céu e a terra.
Verbo: plural sujeito composto
Passará o céu e a terra.
Verbo: singular sujeito composto
concordando com céu

- Com elementos ligados por “ou”:
• Se a conjunção cria relação de exclusividade, o verbo fica no singular.
Ex: José ou João será eleito presidente.

• Se a conjunção não cria relação de exclusividade, o verbo vai para o plural.
Ex: Correr ou nadar exigem bom preparo físico.

- Com elementos em gradação, o verbo concorda com o elemento mais próximo:
Ex: O vento, a chuva, o frio não os inquietava.
Núcleos organizados em gradação verbo no singular.

- Com as expressões um e outro / nem um nem outro, o verbo pode ficar no singular ou plural.
Ex: Nem um nem outro dormiu.
Nem um nem outro dormiram.

# Verbo com o pronome apassivador “se”.

O verbo acompanhado pelo pronome apassivador “se”, concorda normalmente com o sujeito.
Ex: Vendem-se tapiocas fresquinhas.
Vende-se uma casa na praia.

# Verbo com índice de indeterminação do sujeito.

Quando o verbo é acompanhado pelo índice de indeterminação do sujeito, esse fica na 3ª pessoa do singular.
Ex: ? Assistiu-se à demonstração de dança.

# Pronome de tratamento

Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo vai sempre para a 3ª pessoa (singular ou plural).
Ex: Vossa Alteza atendeu ao nosso pedido.
Vossas Altezas atenderam ao nosso pedido.

# Coletivo

O verbo fica no singular quando o sujeito é um coletivo no singular.
Ex: O bando visitava a cidade deserta.

# Porcentagem

- O verbo concorda com o sujeito quando esse é um número expresso em porcentagem, sem especificação.
Ex: Um por cento não compareceu à aula.
Noventa por cento não compareceram à aula.

- Quando o sujeito vem especificado o verbo concorda com esse:
Ex: Dois por cento dos alunos não compareceram à aula.
Dez por cento do alunado está em dia com as mensalidades.

Há situações em que o número percentual é considerado:

a) O partitivo se apresenta antes da porcentagem.
Ex: Dos alunos, dez por cento estão em dia com as mensalidades.

b) Quando o verbo se apresenta antes da porcentagem.
Ex: Não compareceu um por cento dos alunos.

c) Quando a porcentagem vem determinada:
Ex: Aqueles vinte por cento do Senado não votaram.

# Nomes usados só no plural

Quando o sujeito é constituído por nomes próprios que só têm plural, o verbo fica no plural se esse nome vier precedido de artigo plural, caso contrário, fica no singular.
Ex: Campinas fica no Estado de São Paulo.
Os Estados Unidos lideram o movimento.


Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/gramatica/concordancia-verbal.htm

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A CRASE


A FUSÃO DE PREPOSIÇÃO E ARTIGO

A crase indica a fusão de duas vogais iguais numa só. Na nossa língua, essa fusão ocorre entre duas letras A.

O primeiro A é preposição, palavra que serve para relacionar duas outras.

O segundo A pode ser o artigo definido feminino A, o pronome feminino A, ou o A inicial dos demonstrativos aquele, aquela, aquilo, no singular ou no plural.

A crase em resumo:
1. Preposição a + artigo feminino definido a: É fiel à disciplina partidária.
2. Preposição a + pronome demonstrativo a (= aquela). A jogada do deputado é igual à de todos os outros.
3. Preposição a + vogal a inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo. Os políticos atribuíram a culpa àquele empresário americano.


A SEGUIR, DICAS QUE FACILITAM A VIDA DOS USUÁRIOS DO IDIOMA.


Troque por masculino
Ele foi a reunião x Ele foi à reunião? Em caso de dúvida, troca-se a palavra feminina diante do a por equivalente masculino. Ele foi ao escritório. Portanto: crase, sempre que a troca exigir ao.

Nota: Há crase ao lado de termos masculinos quando a palavra "moda" está implícita: Gosta de buchada à FHC.

Troque por outra preposição com artigo
Usar-se crase se o A puder ser substituído por outra preposição com artigo: "com a", "na" (em a), "para a", "pela" (por a). Não é preciso que a construção correspondente seja perfeita:
"Ele foi à CPI?"
(Ele foi para a CPI, na CPI).
"Escaparam à cassação"
(Escaparam da).
"Acostumou-se às exigências"
(Acostumou-se com as).

Àquele, àquilo
Se o período exigir preposição a antes de "aquele", "aquilo", há crase mesmo com termos masculinos:
"Quero assistir àquele jogo" (a aquele); "Prefiro isto àquilo" (Preferir uma coisa a outra, "a aquilo"). "Quero ver aquele jogo" (ver aquele).

Com "casa"
Em sentido genérico, de lar, "casa" não vem com a craseado: Ela fugiu com o padeiro e depois voltou a casa. (Saiu de casa, voltou a casa.). Há crase se "casa" está determinada (acompanhada de adjetivo ou pronome): Ela voltou à casa dos pais. (Saiu da casa dos pais, voltou à casa dos pais.)

Com "terra"
Em sentido genérico, não se usa o acento com a acompanhado da palavra "terra", em oposição a mar ou a bordo: Os piratas vieram a terra.

Há crase, no entanto, se houver qualificação ou determinação de terra: Os piratas chegaram cedo à terra dos severinos.

Com lugares
Veja se o nome do lugar exige artigo (crase) de modo simples:
Volto da Amazônia, portanto, "Vou à Amazônia". Volto de Santa Catarina, portanto, "Vou a Santa Catarina". Ou use para em vez de a (à = para a; a = para): Vou para a França, portanto, "Vou à França". Vou para Roma, portanto, "Vou a Roma".

Com "uma" e horas determinadas
Neste caso, há sinal de crase:
"Cheguei à uma hora" (a primeira hora após a meia noite ou ao meio dia). "Abaixo a corrupção - gritaram todos à uma voz". "Concordaram à uma" (ao mesmo tempo, de uma só vez, de comum acordo).

Use o acento de crase quando o caso envolver horas determinadas:
"Apaixonou-se à uma hora" ("uma" no caso é numeral) ou "Morreu de amor às duas horas".

"À vista"
Subentende o sentido de "ao alcance da visão", "na presença", "diante de", "de repente", "tornar evidente":
"Barco à vista." "Atacou-a à vista de todos." "À vista das provas, confessou." "Foi amor à primeira vista." "O desvio de recursos no mensalão saltou à vista".

À vista/a prazo: O a de "à vista", no comércio, em oposição a "a prazo", leva acento por tradição. Alguns o explicam assim: "Compra à vista de dinheiro".


Fonte: http://www.redacaocriativa.com/quando-a-crase-muda-o-sentido.html


Em tempo: A crase NÃO CAIU com o novo acordo ortográfico, até porque a crase não é um acento, e sim um fenômeno. O símbolo que representa a ocorrência de crase chama-se acento grave.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O USO DOS PORQUÊS

Por que

Pode ser usado com o sentido de “por qual razão” ou “por qual motivo” e trata-se da junção da preposição por + o pronome interrogativo que:

Exemplos: Não sei por que não quis ficar até mais tarde.
Por que ficar até mais tarde?

Ainda pode ser
empregado quando se tratar da preposição por + pronome relativo que e, neste caso, será relativo a “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais”, “pelas quais” ou ainda “para que”:

Exemplos: A rua por que passei ontem não era parecida com essa!
Quando votarmos, que seja por que nos próximos anos possamos ver mais obras.


Por quê


O uso do por quê é equivalente ao “por que”, porém, é acentuado quando vier antes de um ponto, seja final, de interrogação ou exclamação:

Exemplos: Ficar na
festa até mais tarde, por quê?
Não sei por quê.


Porque

O termo porque é uma conjunção causal ou explicativa e o seu uso tem significado aproximado de “pois”, “já que”, “uma vez que” ou ainda indica finalidade e tem valor aproximado de “para que”, “a fim de”.

Exemplos: Vou fazer mais um
trabalho porque tenho que entregar amanhã. (conjunção)
Não faça mal a ninguém porque não façam a você. (finalidade)

Assim, quando uma pergunta é acompanhada de uma hipótese de resposta, devemos utilizar a expressão em uma só palavra:
Exemplo: Você não quer me contar porque é um segredo? (talvez seja um segredo)

Porquê

Quando aparece nessa forma, o porquê é um substantivo e denota o sentido de “causa”, “razão”, “motivo” e vem acompanhado de artigo, adjetivo ou numeral:

Exemplos: Diga-me o porquê de sua contestação.
Tenho um porquê para ter contestado: meu cartão bancário foi clonado.


RESUMINDO

Por que
Em perguntas
Por que chegou atrasada?
Para expressar a ideia de motivo, razão.
Não sei por que ele se atrasou.
Como pronome relativo (pode ser substituído por “pelo qual”, etc.).
O caminho por que ele veio é perigoso.
Por quê
Em perguntas, em final de frase.
Você não veio, por quê?
Para expressar a ideia de motivo, razão, em final de frase.
Você não veio e eu não sei por quê.
Porque
Em respostas e explicações / em perguntas acompanhadas de hipóteses.
Eu não vou porque não quero.
Você não comeu porque não sentia fome?
Porquê
Como substantivo
Ele não explicou o porquê de sua ação.


quinta-feira, 1 de abril de 2010

GERUNDISMO


Olá, pessoal!
Bem-vindos ao primeiro número do novo MUC - Mais Uma Chance (de escrever corretamente!).
Espero poder ajudá-los e também aprender bastante!
Caso tenham sugestões, dúvidas, críticas... Não hesitem, comuniquem!
Como essa idéia surgiu a partir de uma discussão sobre o gerundismo, nada melhor do que tratar desse assunto, certo?
 

Então, lá vai:
 

Primeiro foi a época do "a nível de". Parece que o modismo já passou. Veio, então, uma nova moda, tão avassaladora, que ganhou até um nome específico: gerundismo.

Muitas pessoas sentem-se incomodadas com a frequência com que se ouvem frases como "Você poderá estar comprando por telefone", "Vou estar lhe retornando...", "Vamos estar construindo"...

Muita gente se dá conta de que se trata de um costume recente, de uma construção viciosa e de um modismo infeliz. Muitos chegam a apontar como causa do fenômeno a imitação servil da construção inglesa "I will be + gerúndio".
Pois bem, vamos à explicação:
Há contextos em que a construção ir + estar + gerúndio é perfeitamente correta. Isso ocorre quando enunciamos uma ação a ser praticada no futuro que deverá ocorrer simultaneamente a outra ação, também futura, é claro. Por exemplo: Amanhã, quando você estiver fazendo a prova, eu vou estar viajando para Recife (também pode ser dito: estarei viajando).
O erro acontece quando construções como “vou estar viajando” são empregadas para substituir o simples futuro do presente. Em lugar de dizer Amanhã vou viajar (ou viajarei) para Recife, as pessoas dizem: Amanhã vou estar viajando para Recife.

Por que "erro"? Porque a construção, neste caso, é usada fora do contexto e para uma finalidade que a tradição e as normas vigentes da língua não lhe atribuem, ou seja, a de indicar uma simples ação futura.

Gerundismo não significa, pois, o simples uso do gerúndio. Claro que são normais e correntes construções como Ela está falando bonito. Aí, a construção estar + gerúndio indica a ação como presente e com tendência continuativa.
 

Exemplos:

Use o gerúndio:
Eu estava comendo quando ela me ligou, duas horas atrás.
Ela está trabalhando, agora.
Não me ligue daqui a uma hora, pois vou estar conversando com o cliente.
Durante a tarde, não me interrompa: estarei fazendo o relatório.

Não use o gerúndio:
Vou transferir sua ligação.
Vou enviar seu contrato.
Vamos estudar a proposta.

Fonte: