segunda-feira, 26 de abril de 2010

NOVA ORTOGRAFIA

Olá a todos!
O MUC desta semana é um pouco diferente.
Como o tema é a nova ortografia, não encontrei nada mais esclarecedor do que enviar o link para um guia muito bem explicado e detalhado.
Fica a dica! 

segunda-feira, 19 de abril de 2010

CONCORDÂNCIA VERBAL

Algumas situações de concordância verbal provocam dúvidas. Vejamos as principais:

# Sujeito composto:

- Sujeito antes do verbo: nesse caso o verbo vai para o plural.
Ex: A falta de dinheiro e a greve dos bancos confirmaram o caos.

- Sujeito depois do verbo: o verbo fica no plural ou concorda com o elemento que estiver mais próximo.
Ex: Passarão o céu e a terra.
Verbo: plural sujeito composto
Passará o céu e a terra.
Verbo: singular sujeito composto
concordando com céu

- Com elementos ligados por “ou”:
• Se a conjunção cria relação de exclusividade, o verbo fica no singular.
Ex: José ou João será eleito presidente.

• Se a conjunção não cria relação de exclusividade, o verbo vai para o plural.
Ex: Correr ou nadar exigem bom preparo físico.

- Com elementos em gradação, o verbo concorda com o elemento mais próximo:
Ex: O vento, a chuva, o frio não os inquietava.
Núcleos organizados em gradação verbo no singular.

- Com as expressões um e outro / nem um nem outro, o verbo pode ficar no singular ou plural.
Ex: Nem um nem outro dormiu.
Nem um nem outro dormiram.

# Verbo com o pronome apassivador “se”.

O verbo acompanhado pelo pronome apassivador “se”, concorda normalmente com o sujeito.
Ex: Vendem-se tapiocas fresquinhas.
Vende-se uma casa na praia.

# Verbo com índice de indeterminação do sujeito.

Quando o verbo é acompanhado pelo índice de indeterminação do sujeito, esse fica na 3ª pessoa do singular.
Ex: ? Assistiu-se à demonstração de dança.

# Pronome de tratamento

Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo vai sempre para a 3ª pessoa (singular ou plural).
Ex: Vossa Alteza atendeu ao nosso pedido.
Vossas Altezas atenderam ao nosso pedido.

# Coletivo

O verbo fica no singular quando o sujeito é um coletivo no singular.
Ex: O bando visitava a cidade deserta.

# Porcentagem

- O verbo concorda com o sujeito quando esse é um número expresso em porcentagem, sem especificação.
Ex: Um por cento não compareceu à aula.
Noventa por cento não compareceram à aula.

- Quando o sujeito vem especificado o verbo concorda com esse:
Ex: Dois por cento dos alunos não compareceram à aula.
Dez por cento do alunado está em dia com as mensalidades.

Há situações em que o número percentual é considerado:

a) O partitivo se apresenta antes da porcentagem.
Ex: Dos alunos, dez por cento estão em dia com as mensalidades.

b) Quando o verbo se apresenta antes da porcentagem.
Ex: Não compareceu um por cento dos alunos.

c) Quando a porcentagem vem determinada:
Ex: Aqueles vinte por cento do Senado não votaram.

# Nomes usados só no plural

Quando o sujeito é constituído por nomes próprios que só têm plural, o verbo fica no plural se esse nome vier precedido de artigo plural, caso contrário, fica no singular.
Ex: Campinas fica no Estado de São Paulo.
Os Estados Unidos lideram o movimento.


Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/gramatica/concordancia-verbal.htm

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A CRASE


A FUSÃO DE PREPOSIÇÃO E ARTIGO

A crase indica a fusão de duas vogais iguais numa só. Na nossa língua, essa fusão ocorre entre duas letras A.

O primeiro A é preposição, palavra que serve para relacionar duas outras.

O segundo A pode ser o artigo definido feminino A, o pronome feminino A, ou o A inicial dos demonstrativos aquele, aquela, aquilo, no singular ou no plural.

A crase em resumo:
1. Preposição a + artigo feminino definido a: É fiel à disciplina partidária.
2. Preposição a + pronome demonstrativo a (= aquela). A jogada do deputado é igual à de todos os outros.
3. Preposição a + vogal a inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo. Os políticos atribuíram a culpa àquele empresário americano.


A SEGUIR, DICAS QUE FACILITAM A VIDA DOS USUÁRIOS DO IDIOMA.


Troque por masculino
Ele foi a reunião x Ele foi à reunião? Em caso de dúvida, troca-se a palavra feminina diante do a por equivalente masculino. Ele foi ao escritório. Portanto: crase, sempre que a troca exigir ao.

Nota: Há crase ao lado de termos masculinos quando a palavra "moda" está implícita: Gosta de buchada à FHC.

Troque por outra preposição com artigo
Usar-se crase se o A puder ser substituído por outra preposição com artigo: "com a", "na" (em a), "para a", "pela" (por a). Não é preciso que a construção correspondente seja perfeita:
"Ele foi à CPI?"
(Ele foi para a CPI, na CPI).
"Escaparam à cassação"
(Escaparam da).
"Acostumou-se às exigências"
(Acostumou-se com as).

Àquele, àquilo
Se o período exigir preposição a antes de "aquele", "aquilo", há crase mesmo com termos masculinos:
"Quero assistir àquele jogo" (a aquele); "Prefiro isto àquilo" (Preferir uma coisa a outra, "a aquilo"). "Quero ver aquele jogo" (ver aquele).

Com "casa"
Em sentido genérico, de lar, "casa" não vem com a craseado: Ela fugiu com o padeiro e depois voltou a casa. (Saiu de casa, voltou a casa.). Há crase se "casa" está determinada (acompanhada de adjetivo ou pronome): Ela voltou à casa dos pais. (Saiu da casa dos pais, voltou à casa dos pais.)

Com "terra"
Em sentido genérico, não se usa o acento com a acompanhado da palavra "terra", em oposição a mar ou a bordo: Os piratas vieram a terra.

Há crase, no entanto, se houver qualificação ou determinação de terra: Os piratas chegaram cedo à terra dos severinos.

Com lugares
Veja se o nome do lugar exige artigo (crase) de modo simples:
Volto da Amazônia, portanto, "Vou à Amazônia". Volto de Santa Catarina, portanto, "Vou a Santa Catarina". Ou use para em vez de a (à = para a; a = para): Vou para a França, portanto, "Vou à França". Vou para Roma, portanto, "Vou a Roma".

Com "uma" e horas determinadas
Neste caso, há sinal de crase:
"Cheguei à uma hora" (a primeira hora após a meia noite ou ao meio dia). "Abaixo a corrupção - gritaram todos à uma voz". "Concordaram à uma" (ao mesmo tempo, de uma só vez, de comum acordo).

Use o acento de crase quando o caso envolver horas determinadas:
"Apaixonou-se à uma hora" ("uma" no caso é numeral) ou "Morreu de amor às duas horas".

"À vista"
Subentende o sentido de "ao alcance da visão", "na presença", "diante de", "de repente", "tornar evidente":
"Barco à vista." "Atacou-a à vista de todos." "À vista das provas, confessou." "Foi amor à primeira vista." "O desvio de recursos no mensalão saltou à vista".

À vista/a prazo: O a de "à vista", no comércio, em oposição a "a prazo", leva acento por tradição. Alguns o explicam assim: "Compra à vista de dinheiro".


Fonte: http://www.redacaocriativa.com/quando-a-crase-muda-o-sentido.html


Em tempo: A crase NÃO CAIU com o novo acordo ortográfico, até porque a crase não é um acento, e sim um fenômeno. O símbolo que representa a ocorrência de crase chama-se acento grave.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O USO DOS PORQUÊS

Por que

Pode ser usado com o sentido de “por qual razão” ou “por qual motivo” e trata-se da junção da preposição por + o pronome interrogativo que:

Exemplos: Não sei por que não quis ficar até mais tarde.
Por que ficar até mais tarde?

Ainda pode ser
empregado quando se tratar da preposição por + pronome relativo que e, neste caso, será relativo a “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais”, “pelas quais” ou ainda “para que”:

Exemplos: A rua por que passei ontem não era parecida com essa!
Quando votarmos, que seja por que nos próximos anos possamos ver mais obras.


Por quê


O uso do por quê é equivalente ao “por que”, porém, é acentuado quando vier antes de um ponto, seja final, de interrogação ou exclamação:

Exemplos: Ficar na
festa até mais tarde, por quê?
Não sei por quê.


Porque

O termo porque é uma conjunção causal ou explicativa e o seu uso tem significado aproximado de “pois”, “já que”, “uma vez que” ou ainda indica finalidade e tem valor aproximado de “para que”, “a fim de”.

Exemplos: Vou fazer mais um
trabalho porque tenho que entregar amanhã. (conjunção)
Não faça mal a ninguém porque não façam a você. (finalidade)

Assim, quando uma pergunta é acompanhada de uma hipótese de resposta, devemos utilizar a expressão em uma só palavra:
Exemplo: Você não quer me contar porque é um segredo? (talvez seja um segredo)

Porquê

Quando aparece nessa forma, o porquê é um substantivo e denota o sentido de “causa”, “razão”, “motivo” e vem acompanhado de artigo, adjetivo ou numeral:

Exemplos: Diga-me o porquê de sua contestação.
Tenho um porquê para ter contestado: meu cartão bancário foi clonado.


RESUMINDO

Por que
Em perguntas
Por que chegou atrasada?
Para expressar a ideia de motivo, razão.
Não sei por que ele se atrasou.
Como pronome relativo (pode ser substituído por “pelo qual”, etc.).
O caminho por que ele veio é perigoso.
Por quê
Em perguntas, em final de frase.
Você não veio, por quê?
Para expressar a ideia de motivo, razão, em final de frase.
Você não veio e eu não sei por quê.
Porque
Em respostas e explicações / em perguntas acompanhadas de hipóteses.
Eu não vou porque não quero.
Você não comeu porque não sentia fome?
Porquê
Como substantivo
Ele não explicou o porquê de sua ação.


quinta-feira, 1 de abril de 2010

GERUNDISMO


Olá, pessoal!
Bem-vindos ao primeiro número do novo MUC - Mais Uma Chance (de escrever corretamente!).
Espero poder ajudá-los e também aprender bastante!
Caso tenham sugestões, dúvidas, críticas... Não hesitem, comuniquem!
Como essa idéia surgiu a partir de uma discussão sobre o gerundismo, nada melhor do que tratar desse assunto, certo?
 

Então, lá vai:
 

Primeiro foi a época do "a nível de". Parece que o modismo já passou. Veio, então, uma nova moda, tão avassaladora, que ganhou até um nome específico: gerundismo.

Muitas pessoas sentem-se incomodadas com a frequência com que se ouvem frases como "Você poderá estar comprando por telefone", "Vou estar lhe retornando...", "Vamos estar construindo"...

Muita gente se dá conta de que se trata de um costume recente, de uma construção viciosa e de um modismo infeliz. Muitos chegam a apontar como causa do fenômeno a imitação servil da construção inglesa "I will be + gerúndio".
Pois bem, vamos à explicação:
Há contextos em que a construção ir + estar + gerúndio é perfeitamente correta. Isso ocorre quando enunciamos uma ação a ser praticada no futuro que deverá ocorrer simultaneamente a outra ação, também futura, é claro. Por exemplo: Amanhã, quando você estiver fazendo a prova, eu vou estar viajando para Recife (também pode ser dito: estarei viajando).
O erro acontece quando construções como “vou estar viajando” são empregadas para substituir o simples futuro do presente. Em lugar de dizer Amanhã vou viajar (ou viajarei) para Recife, as pessoas dizem: Amanhã vou estar viajando para Recife.

Por que "erro"? Porque a construção, neste caso, é usada fora do contexto e para uma finalidade que a tradição e as normas vigentes da língua não lhe atribuem, ou seja, a de indicar uma simples ação futura.

Gerundismo não significa, pois, o simples uso do gerúndio. Claro que são normais e correntes construções como Ela está falando bonito. Aí, a construção estar + gerúndio indica a ação como presente e com tendência continuativa.
 

Exemplos:

Use o gerúndio:
Eu estava comendo quando ela me ligou, duas horas atrás.
Ela está trabalhando, agora.
Não me ligue daqui a uma hora, pois vou estar conversando com o cliente.
Durante a tarde, não me interrompa: estarei fazendo o relatório.

Não use o gerúndio:
Vou transferir sua ligação.
Vou enviar seu contrato.
Vamos estudar a proposta.

Fonte: