segunda-feira, 31 de maio de 2010

CESSÃO, SEÇÃO ou SESSÃO? MAIS ou MAIORES informações?


CESSÃO, SEÇÃO ou SESSÃO?

Sessão: tem sentido de reunião ou algo que você vá fazer sentado, já que a palavra é derivada do latim “sessio” que significa “sentar-se”. Assim:

a) Vamos à sessão das nove e meia!
b) A sessão durou mais do que o previsto.
c) Aquela sessão do Windjammer durou apenas duas horas.

Cessão: tem sentido de ceder, doar, transferir algo a alguém.

a) Será necessário fazer uma cessão de direitos.
b) A herança constitui, primeiramente, no ato de cessão dos direitos aos herdeiros.
c) A cessão do capital foi autorizada pelo doador.

Seção: tem sentido de separar, repartir. Portanto, está adequada para repartições de empresas, por exemplo.

a) Qual a sua seção eleitoral?
b) Para esclarecer sua dúvida vá até a seção de atendimento, por favor.
c) Quantas seções terá esse Coral Banks?

É importante internalizar os sentidos das palavras em questão, e não apenas decorá-las. Para isso, tenha sempre em mente pelo menos um significado de cada uma: cessão/ceder, sessão/sentar, seção/divisão.

MAIS ou MAIORES informações?

Maior, nesse contexto, designa algo que supere outro em grandeza, e não é esse o caso, pois como seria fornecer uma pequena informação?

Forma correta: Se as informações que você recebeu não foram suficientes, peça mais informações, sempre.




segunda-feira, 24 de maio de 2010

“AO INVÉS DE” ou “EM VEZ DE”


O termo “invés” é substantivo e variante de “inverso” e significa “lado oposto”, “avesso". A expressão “ao invés de” indica oposição a algo e, portanto, significa “ao contrário de”.
Já a expressão “em vez de” é mais empregada com o significado de “em lugar de”. Pode, porém, significar “ao invés de”, “ao contrário de”.
Observem:
- A empresa de cobrança, ao invés de enviar o boleto, optou pelo débito em conta.
- Ao invés de ter seu nome protestado, ele teve uma nova chance.
- A menina assistiu à TV em vez de filme. (não poderá ser usado “ao invés de”, pois não há oposição de termos).

- A
professora, em vez de diminuir a nota do aluno, aumentou-a (a expressão “em vez de” poderia ser substituída por “ao invés de”, pois temos termos contrários “diminuir” e “aumentou”).

Se “em vez de” pode significar “ao invés de”, como poderemos identificar o emprego de ambas as expressões?

A expressão de “em vez de” pode ser empregada em múltiplas circunstâncias, já “ao invés de” poderá ser aplicada somente quando há termos que indicam oposição na frase, significando “ao contrário de”.



Resumindo:
“Em vez de” indica substituição, como no exemplo: “Coma verduras e legumes em vez de frituras para ter uma boa saúde”.
“Ao invés de” apresenta ideia contrária, uma oposição. Por exemplo: “Você deve falar ao invés de só escutar”
Dica: se está na dúvida, use a expressão “em vez de”, já que pode ser utilizada em qualquer situação, em qualquer sentido.

Fontes: http://www.brasilescola.com/gramatica/ao-inves-inves-ou-vez-de.htm
http://cariocanocerrado.com/2008/10/16/20-dicas-de-portugues-evite-erros-mais-comuns/

segunda-feira, 17 de maio de 2010

PLEONASMO

A edição da semana passada me fez lembrar de uma expressão muito comum: muito tempo atrás.
Mas o que há de errado nessa frase? Ela é um pleonasmo, ou seja, a repetição de uma ideia que já está contida em um termo anterior.
Segue, então, um vídeo bem engraçado justamente sobre esse assunto e, logo abaixo, as explicações.
OBSERVE AS SEGUINTES AFIRMAÇÕES:
“Eu canto um canto matinal”. (Guilherme de Almeida)
“A ameaça, o perigo, eu os apalpava quase”. (Guimarães Rosa)
Na primeira afirmação, o escritor utiliza o verbo cantar, que já traz consigo a ideia de canto (quem canta, logicamente canta um canto). Na segunda, de Guimarães Rosa, os vocábulos “ameaça” e “perigo” fazem parte de um mesmo eixo significativo: são sinônimas. Entretanto, o escritor usou as duas, a fim reforçando a ideia que queria transmitir.
Quando fazemos uso de expressões redundantes com a finalidade de reforçar uma ideia estamos utilizando a figura de linguagem chamada pleonasmo. Quando bem elaborada, além de embelezar o texto, esta figura de linguagem intensifica e destaca o sentido da expressão onde foi empregada.
“A vida, não vale a pena nem a dor de ser vivida”. (Manuel Bandeira)
Deve-se evitar, entretanto, o uso de pleonasmos viciosos. Estes não têm valor de reforçar uma noção já implicada no texto. Antes, são fruto do desconhecimento do sentido das palavras por parte do falante. O pleonasmo vicioso é muito utilizado na modalidade oral, o que acaba influenciando a modalidade escrita. Veja alguns exemplos:
“Menino, entre já para dentro”.
“Eu fui fazer um hemograma de sangue hoje de manhã”.
“Joana sofre de leucemia no sangue”.
“Eu vi com esses olhos que um dia a terra há de comer”.
“A protagonista principal do filme ‘O sorriso de Monalisa’ é Julia Roberts”.

ALGUNS OUTROS EXEMPLOS DE PLEONASMO:
Sair para fora
Subir para cima
Descer para baixo
Plebiscito popular
Ilha fluvial do Rio Guaíba
Consenso geral
Unanimidade de todos
Encarar cara a cara
Repetir de novo
Enfrentar de frente
Vereador municipal
Erário público
Decapitar a cabeça
Exultar de alegria
Prever de antemão
Habitat natural
Conviver juntos
Estrelas do céu 
Monocultura exclusiva
Planos e projetos para o futuro
Segredo secreto
Produzir bons (ou maus) produtos
Sonhar um sonho
Há cinco anos atrás
Gritar alto
Amanhecer do dia
Elo de ligação
Acabamento final
Duas metades
Metades iguais
Certeza absoluta

segunda-feira, 10 de maio de 2010

“HÁ” ou “A”?

1) Usa-se "A" quando a palavra referir-se a:

- Tempo futuro do verbo. Exemplo:

Daqui a dois anos, vamos mudar de cidade.

- Distância. Exemplo:

O bar fica a duas quadras da casa dele.

2) Usa-se "" quando:

- Tratar-se do verbo haver, no sentido de existir. Exemplo:

uma boa quadra no prédio.

- Referir-se ao passado. Exemplo:

muitos anos não nos víamos.



“A CERCA DE”, “HÁ CERCA DE” ou “ACERCA DE”?

Utilizando a mesma lógica...

A CERCA DE indica distância, como na frase “Trabalho a cerca de 10 quilômetros da minha casa”;

HÁ CERCA DE indica tempo passado estimado, como no exemplo “Te conheço há cerca de 20 anos”;

Já ACERCA DE é o mesmo que A RESPEITO DE, como no exemplo “Na reunião falamos acerca de seu desempenho”.



Fontes: http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u58.jhtm

http://cariocanocerrado.com/2008/10/16/20-dicas-de-portugues-evite-erros-mais-comuns/

segunda-feira, 3 de maio de 2010

SE NÃO OU SENÃO? BASTANTE OU BASTANTES?

Para trazer um pouco de bom humor ao nosso MUC, nada melhor do que um vídeo, né?


Seguem explicações para duas das questões levantadas no vídeo:

“SE NÃO” OU “SENÃO”?

Use “se não” (união da conjunção se + advérbio não) quando puder trocar por “caso não”, “quando não” ou quando a conjunção “se” for integrante e estiver introduzindo uma oração objetiva direta: Perguntei a ela se não queria dormir em minha casa.

Use “senão” quando puder substituir por “do contrário”, “de outro modo”, “caso contrário”, “porém”, “a não ser”, “mas sim”, “mas também”.

Veja alguns exemplos:

a) Você tem de comer toda a comida do prato, senão é desperdício. (de outro modo)
b) Se o clima estiver bom você vai, senão não vai. (do contrário)
c) Não lhe resta outra coisa senão pedir perdão. (a não ser)
d) Se não fosse o trânsito, não tinha me atrasado. (caso não)
e) Você vai sair? Se não, posso te visitar. (caso não)

BASTANTE OU BASTANTES?

Quando adjetivo, será variável e, quando advérbio, será invariável.
Ex.: Há bastantes motivos para sua ausência. (“bastantes” será adjetivo de motivos)
Os alunos falam bastante. (“bastante” será advérbio de intensidade referindo-se ao verbo)

Uma dica: substituindo o “bastante” por muito, podemos sempre ter certeza se haverá plural ou não. Vejam os exemplos:
Há muitos motivos para sua ausência.
Os alunos falam muito.

Fontes: http://www.brasilescola.com/gramatica/senao-ou-se-nao.htm
http://www.portugues.com.br/sintaxe/concornominal.asp